Fonte: Assessoria de Comunicação Sulpetro
Com cerca de 1.300 pessoas circulando durante os dois dias do 20º Congresso de Revendedores de Combustíveis da Região Sul e da Expopetro 2019, o evento deste ano superou as expectativas de público e no número de expositores. Realizado nos dias 9 e 10 de outubro no Centro de Eventos do BarraShoppingSul, em Porto Alegre, a Feira registrou crescimento de 30% na quantidade de marcas e serviços apresentados em relação à edição de 2017, registrando a presença de 40 empresas.
“Foi extremamente desafiador realizar um evento neste novo conceito e espaço, buscando levar as principais tendências, produtos e serviços para o nosso segmento”, disse o presidente do Sulpetro, João Carlos Dal’Aqua, referindo-se às mudanças de local e de formato do Congresso e da Feira. Segundo ele, o fato de transferir o evento para a Capital gaúcha facilitou o deslocamento dos participantes ─ de diversas regiões do Rio Grande do Sul e de outros estados ─, reduziu custos e despertou a curiosidade tanto da revenda como dos expositores. “Tivemos um momento transformador que ficará marcado ao longo destes 60 anos de história do Sulpetro”, afirmou o dirigente sindical.
Conjuntura Política foi o título da palestra inaugural do jornalista Alexandre Garcia, que abordou diversos momentos históricos brasileiros. Ele comentou sobre o posicionamento da imprensa nas últimas eleições e afirmou: “liberdade é o conhecimento”. Lamentou que, em vários momentos políticos do País, o Brasil poderia ter avançado, abrindo seus mercados, mas que sempre ocorre algo para retroceder os processos. Sobre o governo de Jair Bolsonaro, qualificou como independente. “Está querendo por em prática o que foi confiado a ele”, opinou.
Os cenários econômicos brasileiro e internacional estiveram em debate, em 10 de outubro, no primeiro painel do dia. Segundo o economista Aod Cunha, a baixa produtividade é o maior desafio que o Brasil precisa enfrentar. “A principal forma de resolver este problema é melhorando a qualidade da educação”, explicou.
Já a economista-chefe da Fecomércio-RS, Patricia Palermo, abordou o ambiente econômico nacional. De acordo com ela, a expectativa para o curto prazo é de crescimento econômico lento, taxa de desocupação elevada, inflação sob controle com juros baixos, uma agenda de reformas focada no médio e longo prazos, além de um ambiente político turbulento. “O pior cenário já ficou para trás”, comentou. O painel contou ainda com a mediação dos jornalistas Marta Sfredo (GaúchaZH) e Jefferson Klein (Jornal do Comércio).
O Movimento Combustível Legal – iniciativa para discussão e proposição de ações para promover avanços tributários, esclarecimento do setor e combate ao comércio irregular ─, foi tema de palestra do diretor de planejamento estratégico e mercado da Plural, Helvio Rebeschini. Conforme o diretor, a tributação complexa, o fator de o segmento ser vulnerável e a sonegação/inadimplência são fatores de fragilidade para a regulação do mercado de combustíveis no País. “A elevada e complexa carga tributária fomenta a fraude e o crime, gera concorrência desleal e prejudica o consumidor, quando o induz ao erro”, disse.
De acordo com Rebeschini, o que preocupa no RS é o decreto do governo estadual, ainda não implementado, estabelecendo dois preços de pauta na gasolina C. A alteração, segundo ele, deverá impactar ainda mais os preços nos municípios onde eles já são mais altos, estimulará vendas fictícias intermunicipais e poderá gerar maior atratividade para vendas interestaduais.
O painel “Inovação” gerou muitas reflexões entre os participantes. “O varejo tem sempre que se reinventar. Agora, estamos vivendo a era da saudabilidade”, afirmou a consultora Giselle Valdevez ao abordar o mercado das lojas de conveniência. Ela acrescentou que a redução do atrito ─ qualquer acontecimento que possa retardar a experiência do consumidor na loja ─ nas transações é fundamental para melhorar a conveniência.
Já o empreendedor Maikol Parnow lembrou que tecnologia e inovação não pedem licença, mas desculpa. “Quem parou de fato no tempo foram as pessoas, e não as empresas. Pois as organizações são feitas de pessoas”, disse ao se referir ao término de grandes marcas.
Para Gil Giardelli, estudioso de inovação e economia digital, o futuro já chegou. “Ele só está mal distribuído”, avisou. Giardelli também falou sobre as mudanças com a sociedade 5.0. “No século XXI, nenhuma ideia deve ser jogada fora”, frisou.
Para encerrar o ciclo de palestras e painéis do Congresso, o técnico da Seleção Brasileira de Vôlei Feminino, José Roberto Guimarães, falou sobre motivação e liderança. “O mundo do esporte é muito parecido com o mundo corporativo”, comentou, ao destacar que também convive diariamente com metas, prazo e pressão.