Fonte: Jornal Grande Bahia
Em junho de 2018, as vendas do varejo na Bahia cresceram 1,4% em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais, após terem recuado (-1,7%) em maio. Foi a quarta maior alta entre os 27 estados e um resultado melhor que a média nacional (-0,3%).
De maio para junho, as vendas do varejo aumentaram em 12 estados, com destaques, acima da Bahia, para Mato Grosso do Sul (2,8%), Maranhão (1,6%) e Paraíba (1,6%). Por outro lado, Roraima (-3,1%), Pernambuco (-2,2%) e Amazonas (-1,8%) tiveram os maiores recuos.
Na comparação junho/18 com junho/17, as vendas na Bahia também cresceram (1,0%), embora abaixo da média nacional (1,5%). Nessa comparação o desempenho do varejo foi positivo em 23 dos 27 estados, com destaques positivos para Acre (9,7%), Paraíba (8,8%) e Rio Grande do Norte (8,3%).
Apesar dos resultados positivos de junho, o varejo baiano ainda acumula recuo de 0,5% no ano de 2018, com uma redução no ritmo de queda em relação acumulado de janeiro a maio (-0,9%). Nesse indicador acumulado no ano (sempre frente ao mesmo período do ano anterior), o comércio varejista baiano vem em quedas consecutivas, mês a mês, há três anos e meio, desde janeiro de 2015.
Nessa comparação, a Bahia é um dos seis estados que apresentam queda em junho e tem um resultado bem abaixo da média nacional (2,9%).
Já nos 12 meses encerrados em junho, as vendas do comércio varejista na Bahia se mantêm com um resultado positivo de 0,7%, praticamente repetindo a variação de maio (0,8%). Foi o quinto crescimento, nessa comparação, para o varejo baiano. Nessa taxa anualizada, o varejo brasileiro apresenta avanço de 3,6% em junho, com vendas crescendo em 22 dos 27 estados.
Em junho, vendas crescem em 6 das 8 atividades do varejo baiano; apenas combustíveis (-21,6%) e vestuário (-9.7%) tiveram recuos
Em junho, na Bahia, 6 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis e material de construção) tiveram resultados positivos. Os únicos setores em queda foram os de Combustíveis e lubrificantes (-21,6%) e Tecidos, vestuário e calçados (-9,7%).
Os destaques positivos, mais uma vez, foram, nessa ordem, para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (18,1%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (18,8%).
As vendas de produtos farmacêuticos e cosméticos registraram, em junho, a nona alta consecutiva na Bahia e acumulam crescimento de 10,9% no ano de 2018.
Já as de outros artigos de uso pessoal e doméstico seguem crescendo desde maio de 2017 – exercendo, mês a mês, uma das principais influências positivas no varejo baiano. A atividade reflete as compras em lojas de departamento e parte expressiva do varejo eletrônico (grandes sites de vendas).
Por outro lado, o resultado das vendas de combustíveis (-21,6%) foi negativo pelo décimo mês consecutivo (caem seguidamente desde setembro de 2017), aprofundando ainda mais o ritmo de queda em relação a maio (-18,0%), quando ocorreu a greve dos caminhoneiros. É o setor do varejo baiano de pior desempenho neste ano, com queda acumulada de 14,0% no primeiro semestre de 2018.
As vendas do setor de vestuário também se mantiveram em queda em junho (-9,7%), mostrando o terceiro recuo consecutivo e já acumulando, em 2018, retração de 5,0%.
Vendas do varejo ampliado baiano aumentam tanto de maio para junho (4,5%) quanto em relação a junho de 2017 (3,7%)
Na Bahia, as vendas do comércio varejista ampliado voltaram a aumentar em junho (4,5%), frente ao mês anterior, após apresentar resultado negativo em maio (-4,5%). O resultado foi o melhor do país, nessa comparação, ficando acima da média nacional (2,5%).
Na comparação com junho de 2017, o varejo ampliado baiano também teve crescimento nas vendas (3,7%), mesmo resultado do país como um todo.
Assim, no primeiro semestre do ano, as vendas do comércio varejista ampliado acumulam alta de 3,2% na Bahia. Nos 12 meses encerrados em junho, a variação também é positiva (3,7%).
O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.
Frente ao mesmo mês de 2017, as vendas de Veículos, motos, partes e peças (13,8%) retomaram o crescimento no estado, em junho, após o recuo de maio (-3,7%). No ano o setor tem alta de 13,8%.
Já as vendas de Material de construção continuaram a cair em junho (-1,1%), levando a uma desaceleração no acumulado no ano, de 5,2% em maio, para 4,1% em junho.
*Com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).