Abastecimento volta ao normal, mas consumo não se recuperou

Biodiesel e Estados emperram redução na bomba
22/06/2018
Os preços dos combustíveis
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Fonte: Valor Econômico

O abastecimento de combustíveis já se normalizou depois da greve dos caminhoneiros, encerrada dia 31 de maio, mas o consumo ainda não se recuperou totalmente. Segundo distribuidoras e postos consultados pelo Valor, há relatos de que as vendas do ciclo Otto (veículos leves que operam com gasolina e/ou etanol) estão mais baixas em junho, na comparação com a primeira quinzena de maio. No mercado de diesel, em meio à redução dos preços nas bombas, o consumo tem subido.
Leonardo Gadotti, presidente da Plural, associação que reúne as maiores distribuidoras (BR, Ipiranga e Raízen), explica que, durante a realização de eventos como a Copa, há uma tendência de queda do consumo das famílias.

Durante a Copa do Mundo e outros eventos esportivos isso sempre acontece. As pessoas ficam mais em casa ou não vão trabalhar e isso deve repercutir no resultado de junho”, disse. Segundo ele, as empresas ainda não possuem um balanço consolidado do pós-greve, mas o “sentimento” é de que as vendas de diesel voltaram à normalidade, as de gasolina e etanol estão abaixo da média.
Os dados da ANP mostram que o consumo de gasolina, etanol e gás natural veicular (GNV) já não vinha bem antes mesmo da greve. A agência ainda não consolidou os dados de maio, período afetado pela greve. No primeiro quadrimestre, contudo, as vendas desses combustíveis acumularam queda, em gasolina equivalente, de 1,6%. Já o consumo de diesel aumentou 4,2% no período.
Segundo fonte de importante distribuidora, as vendas de etanol e gasolina estão se anulando. Enquanto o consumo do biocombustível sobe, o da gasolina cai. Já a venda de diesel está em alta.
A mesma fonte conta, porém, que houve um aumento expressivo nos carregamentos de caminhões nas bases de distribuição, de 50% na primeira quinzena de junho, ante igual período de maio. Segundo ele, tem havido uma mudança no hábito de encomenda por parte dos postos, que recorrem às distribuidoras mais vezes, mas em volumes menores, para manter seus estoques em dia.

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