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Fonte: Folha PE

De olho na crescente demanda nacional de combustíveis, mais uma empresa do Complexo Industrial e Portuário de Suape vai ampliar a sua capacidade de armazenamento. É o Temape – Terminais Marítimos de Pernambuco S/A, que vai investir R$ 72,8 milhões na construção de três novos tanques para estocar combustível no Litoral Sul do Estado. A empresa segue o exemplo da Pandenor, do Terminal Químico de Aratu (Tequimar) e da Decal, que anunciaram planos de expansão no ano passado, e eleva para R$ 540 milhões o volume de investimentos privados em tancagem em Suape.

“Vamos ampliar o nosso quadro de tancagem e modernizar o nosso terminal porque temos a expectativa de que o consumo de combustível volte aos números de antes da crise. Já sentimos que os volumes estão se recuperando. Então, precisamos nos preparar”, contou o superintendente do Temape, Fernando Guerra Júnior. Ele disse ainda que o plano da empresa é construir três novos tanques para que sua capacidade de armazenamento, que hoje é de 58 mil metros cúbicos (m³), chegue a 82 mil m³. A obra, porém, só deve começar em meados de 2019. É que, apesar de já ter sido aprovada por Suape, a construção precisa de autorização da Secretaria Nacional dos Portos para ser executada.

Enquanto isso, outras três empresas do terminal de combustíveis de Suape tocam os seus projetos de expansão. Com um investimento de R$ 70 milhões, a Pandenor está construindo oito novos tanques para ampliar em 60 mil m³ a sua capacidade de armazenamento de granéis líquidos, que hoje é de 62 mil m³. A obra deve ser entregue em julho. Já a Decal dá início ao projeto de ampliação no próximo mês. O investimento é de R$ 313 milhões e vai empregar 200 pessoas. Afinal, a Decal vai mais que dobrar a sua capacidade de tancagem, passando dos atuais 156 mil m³ para 391 mil m³. O Tequimar, por sua vez, aguarda o aval da Secretaria Nacional dos Portos para iniciar as obras, que estão orçadas em R$ 84 milhões e vão elevar para 200 mil m³ o volume de armazenamento do grupo.

“Este movimento consolida e confirma Suape como líder na movimentação de granéis líquidos e reflete a grande demanda por combustíveis refinados no País”, afirmou o presidente de Suape, Marcos Baptista, dizendo que esse aumento da demanda indica o início da retomada do crescimento econômico brasileiro. Ele ressaltou, no entanto, que o combustível que vai para os novos tanques do Complexo Industrial de Suape não são produzidos no Brasil. Baptista explicou que essas empresas importam derivados de petróleo para suprir a demanda nacional. “Nossa consumo de combustível é maior que nossa capacidade de refino”, justificou, dizendo que, mesmo com a finalização de empreendimentos como a Refinaria Abreu e Lima, que hoje opera com menos da metade da sua capacidade total, o Brasil precisará importar refinados do petróleo.

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