Para especialista da Lafis,setor distribuidor de combustíveis sofre com a retração econômica

Governo corta em 50% exigência de conteúdo local
23/02/2017
Encontro Nordeste volta à Bahia em 2017
23/02/2017
Mostrar tudo

Fonte: O Estado de São Paulo

O mau momento vivido pela economia brasileira afetou o mercado de distribuição de combustíveis como revelam os dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Segundo a agência, as vendas dos quatros principais combustíveis no Brasil (gasolina, etanol hidratado, diesel e Gás Liquefeito de Petróleo – GLP) caíram 2,9% em 2016, onde foram consumidos cerca de 683 milhões de beps (barris equivalentes de petróleo) frente aos 703 milhões de beps consumidos em 2015.

As vendas da gasolina se expandiram 4,6% no período, bem como o consumo do GLP que cresceu 1,1% em 2016. Por outro lado, o consumo de etanol hidratado recuou 18,3%, o do diesel caiu 5,1% em relação a 2015.Este foi o segundo ano negativo consecutivo no que se refere ao quantum consumido pelo mercado interno, o que demonstra que a situação operacional do setor já vem se deteriorando em um período prolongado.
Por sua vez, o faturamento do setor apresentou crescimento 7,0% no ano passado, muito mais em virtude dos expressivos aumentos dos preços dos combustíveis do que, como já visto, pela expansão das vendas destes. A saber, o preço médio da gasolina nas distribuidoras se elevou em 11%, do óleo diesel inflacionou 6,5% e do etanol hidratado expandiu se em 22,8% em comparação aos preços médios destes em 2015.

Além do mais, tal resultado do faturamento, que a primeira vista pode parecer positivo, não representa uma boa notícia quando se desconta deste a inflação de 2016 (que pelo índice oficial, o IPCA apresentou variação positiva de 6,29%). Assim sob este prisma, o setor praticamente não apresentou evolução de seus resultados financeiros o que é preocupante para as distribuidoras que estão vendo suas margens de venda, ano a ano, apresentarem retração como demonstra o gráfico acima.

Mesmo que tal cenário de queda das vendas e margens das distribuidoras visto nestes últimos anos provavelmente não volte a ocorrer em 2017 (sobretudo porque é projetado uma redinamização da atividade econômica e uma queda nos níveis inflacionários), o esperado baixo crescimento econômico ainda deixa estreita a "margem de manobra" dos players do setor que deverão criar estratégias para capturar e fidelizar clientes à sua marca, de forma que esta pequena janela de oportunidade que representa o ano de 2017 para a retomada do crescimento mais robusto do faturamento não seja desperdiçada.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *