O Estado de S.Paulo
A juíza Flávia de Macedo Nolasco, da 9.ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, deu 72 horas para a Advocacia-geral da União (AGU) se manifestar sobre o pedido de suspensão do aumento de preços dos combustíveis.
A ação, que pede o cancelamento do reajuste anunciado pela Petrobras, foi protocolada pelo Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), juntamente com a Frente Parlamentar Mista do Caminhoneiro Autônomo e Celetista, o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Guarulhos (Sinditac Guarulhos) e o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas em Geral do município de Jundiaí e Região (Sindicam). Entre os réus, estão o presidente Jair Bolsonaro, a Petrobras e seu presidente, Joaquim Silva e Luna, e a União.
“A situação neste momento é de muita gente pedindo paralisação. A insatisfação devido aos fretes baixos e combustíveis altos é muito grande”, disse o presidente do CNTRC, Plínio Dias, em entrevista ao Estadão/broadcast Agro. Dias disse que o conselho levou um pedido à presidência da Petrobras, de que o preço de paridade fosse mantido apenas para exportação, e não para importação, mas nunca teve retorno.
“A gente está do lado da categoria, e a categoria já está se mobilizando para parar. As pessoas não querem colocar data porque a PRF se organiza e vem multar os caminhoneiros. O pessoal está parando aleatoriamente”, afirmou.
A confederação pede aos motoristas que fiquem em casa e não carreguem seus caminhões. “Hoje está tendo mais prejuízo com caminhão rodando do que parado”, disse. Segundo ele, a confederação não apoia vandalismo ou atos antidemocráticos. O representante mencionou “portas fechadas” para conversar com o governo. •