CNN Brasil
A queda no preço da gasolina vendida pela Petrobras devolve ao produto a paridade internacional, nos cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Na prática, isso significa que, agora, o valor cobrado pela estatal está equilibrado com os preços praticados fora do país.
Diariamente, a associação faz uma pesquisa de preços com importadores nos portos de Itaqui (MA), Santos (SP), Aratu (BA), Suape (PE) e Paranaguá (PR). O levantamento desta terça-feira (14) mostrava valores mais baixos do que os da Petrobras.
“Os preços da Petrobras hoje de manhã estavam acima da paridade, mais caros de 3 a 7 centavos por litro do que os importadores. Com reajuste de 9 centavos, eles ficaram abaixo da paridade, com tendência de estabilização nos próximos dias”, afirmou à CNN o presidente da Abicom Sérgio Araújo.
Ao longo de 2021, Araújo apontou que os preços da Petrobras estavam mais baixos em comparação com vendedores de outros países, prejudicando a importação. Mas desta vez ele reconhece o movimento como positivo, e diz que havia uma “janela” pra reduzir o preço da gasolina.
“O movimento da Petrobras foi correto, na opinião da ABICOM. O preço agora fica um pouco abaixo da paridade, mas com tendência de recuperação nos próximos dias”, colocou Araújo.
Ou seja, pela primeira vez nos últimos meses eles entendem que os preços estão alinhados.
Mais cedo, a Petrobras alegou justamente a paridade com o mercado internacional para abaixar o valor médio cobrado pelo litro de gasolina às distribuidoras de R$3,19 para R$3,09.
“A Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais. Esse ajuste reflete, em parte, a evolução dos preços internacionais e da taxa de câmbio, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina”, afirmou a companhia em nota.