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Os destaques sobre os preços dos combustíveis na semana de 26 de janeiro a 1º de fevereiro
Entre os dias 26 de janeiro a 1º de fevereiro, os preços dos combustíveis seguiram em alta na média nacional. O valor cobrado pelo renovável aumentou 1,2%, de R$ 4,24 por litro para R$ 4,29/L, e o de seu concorrente fóssil saiu de R$ 6,19/L para R$ 6,20/L, incremento de 0,2%.
Devido ao período da coleta das informações, o levantamento ainda não inclui o impacto da alta no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que entrou em vigor em 1º de fevereiro. A alíquota da gasolina e do etanol aumentou em R$ 0,10 por litro, passando para R$ 1,47/L.
Os números divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) levam em conta não somente o que é observado nos postos, mas também os volumes vendidos – desta forma, grandes mercados consumidores têm maior representatividade no resultado.
Ainda que bem próximo do limite, o preço do renovável se manteve dentro da faixa considerada economicamente favorável para o consumidor. Conforme a ANP, a relação entre o valor do etanol e o da gasolina foi de 69,2% na média nacional, acima dos 68,5% do período anterior.
Nas médias estaduais, por sua vez, o biocombustível é considerado competitivo em quatro estados e no Distrito Federal.
De 24 a 31 janeiro, o hidratado foi vendido pelas usinas de São Paulo a R$ 2,8227/L, alta de 0,3% frente aos R$ 2,8141/L do período anterior. Já as usinas goianas tiveram uma elevação de 0,4% e as mato-grossenses registraram aumento de 1,4%. Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq-USP.
Em relação ao valor nos postos, a amostragem de municípios tem mudado a cada análise. No período mais recente, a pesquisa da ANP foi feita em 358 cidades, cinco a menos do que no período anterior.
De acordo com a ANP, de 26 de janeiro a 1º de fevereiro, os preços médios do etanol subiram em 20 estados, caíram em quatro e no Distrito Federal e ficaram estáveis em dois. Já os da gasolina tiveram alta em 18 unidades da federação, diminuíram em cinco e permaneceram estáveis em quatro.
Em São Paulo, o valor médio do biocombustível subiu 1,2%, para R$ 4,09/L, o menor dentre todos os estados. Já a gasolina ampliou 0,3%, sendo vendida a R$ 6,04/L. Assim, a relação entre os preços ficou em 67,7%, um patamar considerado economicamente favorável para o renovável.
Em Goiás, o etanol foi comercializado a R$ 4,60/L, com queda de 0,2%. Enquanto isso, a gasolina subiu 0,2%, para R$ 6,36/L. Desta forma, a relação entre os preços dos combustíveis foi de 72,3%, sem vantagem econômica para o consumo do renovável.
Por sua vez, Minas Gerais registrou elevação de 0,9% no preço do etanol, que foi negociado a R$ 4,36/L; já a gasolina subiu 0,2%, para R$ 6,09/L. Nesse caso, o renovável custou o equivalente a 71,6% do preço do combustível fóssil, em um nível economicamente desfavorável.
Em Mato Grosso, o valor médio do etanol ficou aumentou 4,2%, para R$ 4,19/L, enquanto a gasolina subiu 1,3%, para R$ 6,30/L. Com isso, a relação entre os preços ficou em 66,5%, a mais competitiva do país.
Já em Mato Grosso do Sul, o etanol subiu 1,3%, para R$ 4,10/L, e a gasolina aumentou 0,3%, para R$ 6/L. Assim, o valor do biocombustível correspondeu a 66,8% do preço de seu concorrente fóssil, em uma relação comercialmente favorável para o renovável.
Por fim, no Paraná, o etanol custou o equivalente a 70,3% do preço da gasolina, um patamar considerado desvantajoso para o biocombustível. No período, o valor do etanol ampliou em 1,1%, para R$ 4,43/L, e a gasolina subiu 0,3%, para R$ 6,30/L.
Os preços do etanol e da gasolina por região, estado ou cidade desde 2018 estão disponíveis na planilha interativa (exclusiva para assinantes). Também é possível acessar gráficos avançados e filtros interativos sobre o comportamento dos preços.
Atualmente, a empresa contratada pela ANP para a realização do levantamento é a Triad Research Consultoria e Pesquisa de Mercado. A vigência do acordo começou em 26 de setembro de 2022 e o cronograma inicial previa um crescimento gradual da amostragem, atingindo 459 municípios até 16 de abril de 2023.
Entretanto, o alcance do estudo foi reduzido a partir de julho de 2024 devido a cortes no orçamento da ANP. Com isso, a abrangência máxima passou a ser de 358 cidades.
O levantamento mais recente totalizou exatos 358 municípios, algo que não é constante. Sobre o assunto, a agência justifica: “É possível que a abrangência geográfica sofra variações em determinadas semanas, devido a problemas operacionais pontuais”.