Petrobras conversa com Vibra, mas adia decisão sobre operar postos de novo

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A Petrobras (PETR4) só deve decidir em 2024, se retornará ao setor de distribuição de combustíveis. A estatal deixou o negócio em 2021, quando vendeu as últimas ações que detinha da Vibra (VBBR3), a antiga BR Distribuidora, privatizada em 2019.
A Vibra detém a licença para utilizar as marcas “Petrobras” e “BR” em sua rede de mais de 8.200 postos de gasolina, que a torna a maior do setor no país. Segundo o colunista Lauro Jardim, d’O Globo, o presidente da Petrobras, Jean-Paul Prates, determinou que sua equipe estude alternativas para que a estatal volte a atuar no varejo de combustíveis.
Ainda de acordo com o jornal, um dos pontos em negociação entre a estatal e a Vibra é a cessão das marcas. O acordo, contudo, poderia ser ainda mais amplo, envolvendo, inclusive, a reestatização da empresa. A possibilidade foi noticiada em maio pela Folha de S.Paulo.
Petrobras: Pressão para recomprar a Vibra
Segundo a Folha, banqueiros tentam convencer o Palácio do Planalto a recomprar a empresa, por meio da Petrobras, a fim de impulsionar o preço das ações da Vibra, que acumulavam, até maio, uma queda superior a 20% apenas neste ano.
A ideia, segundo o jornal, é a recompra da empresa. Mas caso a distribuidora recuse, restaria reaver a marca BR para utilizá-la em outra companhia que seria adquirida (rumores apontam para a Alesat, dona dos postos Ale).
Também em maio, a coluna Broadcast do Estadão informou que a Petrobras pretende voltar a distribuir combustíveis e, inclusive, entrou na Justiça para retomar a marca BR.
Para o Bradesco BBI em relatório enviado a clientes, a possibilidade da compra da Vibra pela estatal ficará mais forte ao longo de 2023.
A marca BR, com logo verde e amarelo, acompanhado do nome Petrobras, está arrendada à Vibra até 2031. Atualmente, o logo estampa mais de 8,2 mil postos em todo o país, sendo a marca líder do setor. O BBI argumenta que se a estatal pensa em recuperar o que “perdeu”, a tese de recompra da Vibra deve “permanecer viva”.
Além disso, lembra que a Petrobras deve terminar o ano com uma posição de caixa próxima a US$ 20 bilhões (assumindo um preço do petróleo de US$ 80/barril e pagamento de dividendos de 60% do fluxo de caixa operacional subtraído dos investimentos), o que abriria espaço para aquisições.

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