Fonte: Automotive Business
Pela primeira vez o Grupo BMW superou a marca de 100 mil carros elétricos vendidos em apenas um ano. Em sua conferência para apresentar o balanço do ano passado, a empresa disse que aumentará os investimentos em pesquisa e desenvolvimento para o valor recorde de € 7 bilhões só neste ano (equivalentes a US$ 8,6 bilhões), a fim de sustentar parte da sua estratégia em lançar 25 modelos eletrificados até 2025. Este custo deve representar algo como 6,5% a 7% da receita. No ano passado, os gastos com o desenvolvimento de elétricos e autônomos elevaram em € 1 bilhão os custos de P&D, que no total chegaram a € 6,1 bilhões.
“O investimento crescerá mais um ano na faixa de três dígitos com relação ao ano anterior, principalmente pela iniciativa do novo modelo em andamento, bem como pelo trabalho contínuo em mobilidade elétrica e direção autônoma”, informa a BMW no comunicado. Nos próximos dois anos, a companhia disse esperar que esse índice de P&D fique acima do seu objetivo, que é de 5% a 5,5%.
A BMW disse que em 2017 houve aumento de 5,3% no lucro operacional devido à crescente demanda por SUVs com alta margem (maior valor agregado), ajudando a compensar os gastos mais altos com pesquisa. A expectativa é que as vendas de carros de luxo continuem subindo, o que vai contribuir diretamente para o resultado projetado para o este ano.
“No segmento automotivo, esperamos atingir novo recorde em 2018. Enquanto as condições permanecerem estáveis, devemos ver um leve aumento das entregas em particular na China e nos Estados Unidos”, afirmou o CFO do Grupo BMW, Nicolas Peter, em comunicado.
Em seu relatório anual, a empresa alertou também ainda sobre um possível impacto das barreiras comerciais e direitos alfandegários antidumping nos Estados Unidos, além de mencionar que o Brexit poderia ter um efeito adverso a longo prazo.
Por outro lado, a BMW destacou que além da venda dos 100 mil veículos em um único ano, também alcançou importante avanço no fornecimento de energia: 100% da eletricidade adquirida pela companhia na Europa em 2017 veio de fontes renováveis.