Ministro de Minas e Energia nega intervenção no comando da Petrobras, mas critica lucros ‘exorbitantes’

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Valor Econômico

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a negar nesta segunda-feira (1º), em entrevista à GloboNews, que o governo tenha feito intervenções no comando da Petrobras. Ele, porém, afirmou que não é possível admitir “lucros exorbitantes” sem cuidar do papel social que cabe à empresa.

“Não podemos admitir que a Petrobras tenha um único e exclusivo objetivo de ter lucros exorbitantes para poder distribuir os seus acionistas. Nós queremos que ela tenha muito lucro, nós queremos que ela seja altamente competitiva. Nós queremos, não. Nós vamos trabalhar para isso. Até porque quanto maior, mais competitiva ela for, mais recursos que nós temos para aplicar gerar emprego gerar renda gerar crescimento”, disse o ministro.

Durante a entrevista, Silveira reforçou que o governo respeita a governança das empresas de economia mista. “Agora, o que nós não podemos é deixar de fiscalizar, por exemplo, o que a diretoria da Petrobras está fazendo do ponto de vista do cumprimento do seu plano de investimento aprovado pelo conselho de administração”, afirmou.

O ministro justificou que “o grande objetivo do governo do presidente Lula é cuidar das pessoas”, e isso é considerado ao atuar como acionista controlador da petroleira. “O presidente Lula fez um compromisso de campanha. Quando ele foi eleito, todos hão de reconhecer, que ele foi eleito por uma maioria da população pobre desse país”, disse.

Silveira ressaltou que o Brasil é um país que “ainda sofre com muitas desigualdades”. “Nós não abriremos mão e não nos faltará coragem de discutir, de dialogar, de forma permanente com o setor privado, com as nossas empresas a fim de que a gente possa compatibilizar crescimento nacional com geração de emprego e renda”, afirmou. Segundo ele, isso será feito “respeitada a governança das empresas e respeitada a sua natureza jurídica”.

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