Alternativa promove a descarbonização, da origem ao consumo
Estadão Online
Abastecer o veículo com um combustível neutro para o meio ambiente e com a vantagem de, ao ser consumido, gerar vapor de água como subproduto. Não é à toa que o hidrogênio verde é a bola da vez como um dos vetores da descarbonização da mobilidade.
Quais são os cuidados com as baterias dos carros elétricos?
“É um tema novo e que vem promovendo uma corrida tecnológica. Embora pareça distante no uso em larga escala, a solução está em desenvolvimento pelas montadoras”, diz Mario Reis, coordenador da Comissão Técnica de H2 da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA).
Hidrôgênio: abundante e verde
Devido aos seus benefícios, o hidrogênio passou a ser visto como o combustível do futuro. O elemento químico, presente na composição de 90% dos átomos existentes no universo, é amplamente utilizado em diversos setores, como na indústria de fertilizantes. Para ser verde, sua produção precisa ocorrer a partir de fontes de energia renováveis. Por exemplo: eólica, solar ou de hidrelétricas.
Uma das formas mais conhecidas de obter o hidrogênio é pela eletrólise na água, na qual uma descarga elétrica separa o hidrogênio do oxigênio. “A eletricidade empregada no processo tem de ser de baixa emissão de carbono. Diferentemente de outros processos, que adotam o gás natural”, observa.
No veículo, a tecnologia de células de combustível gera eletricidade a partir do hidrogênio para alimentar o motor elétrico sem necessidade de baterias. Em outra frente, as fabricantes estudam a possibilidade de queimar o hidrogênio em motor a combustão adaptado. “É um desenvolvimento incipiente e pensado principalmente para o transporte pesado”, diz Reis.
Os desafios são imensos, embora o consumo sem emissão de carbono seja promissor – em especial no Brasil, por causa da abundância de energia renovável (90% da matriz energética é limpa).
“Da mesma maneira que o proprietário do carro elétrico ainda enfrenta dificuldade para recarregar o veículo, não existe infraestrutura consolidada de abastecimento de hidrogênio”, afirma.
Processo gradual
Além disso, a produção de hidrogênio verde está engatinhando. Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério das Minas e Energia, o Brasil produz cerca de 500 mil toneladas por ano, menos de 5% de origem eletrolítica.
“Não se faz transição energética de uma hora para outra. Não é uma simples virada de chave”, explica o coordenador da AEA. O hidrogênio verde se mostra como mais uma rota tecnológica entre as diversas soluções que contribuem para a descarbonização.
“Algumas tendências revelam que a principal vocação dos carros elétricos será rodar nas cidades, o que inclui comerciais leves e caminhões em rotas curtas. No futuro, o hidrogênio será destinado aos veículos pesados, garantindo mais autonomia e poucos minutos de abastecimento”, acredita Reis.
Reis lembra que diversos projetos estão em andamento, em especial no Nordeste, que aproveita a fartura de vento e sol. “A Universidade de São Paulo (USP) também desenvolve a ideia de unidades produtoras de hidrogênio na rede de postos, uma maneira de superar dificuldades de infraestrutura e distribuição”, completa.
Devido aos seus benefícios, o hidrogênio passou a ser visto como o combustível do futuro. O elemento químico, presente na composição de 90% dos átomos existentes no universo, é amplamente utilizado em diversos setores, como na indústria de fertilizantes. Para ser verde, sua produção precisa ocorrer a partir de fontes de energia renováveis. Por exemplo: eólica, solar ou de hidrelétricas.
Uma das formas mais conhecidas de obter o hidrogênio é pela eletrólise na água, na qual uma descarga elétrica separa o hidrogênio do oxigênio. “A eletricidade empregada no processo tem de ser de baixa emissão de carbono. Diferentemente de outros processos, que adotam o gás natural”, observa.
No veículo, a tecnologia de células de combustível gera eletricidade a partir do hidrogênio para alimentar o motor elétrico sem necessidade de baterias. Em outra frente, as fabricantes estudam a possibilidade de queimar o hidrogênio em motor a combustão adaptado. “É um desenvolvimento incipiente e pensado principalmente para o transporte pesado”, diz Reis.
Os desafios são imensos, embora o consumo sem emissão de carbono seja promissor – em especial no Brasil, por causa da abundância de energia renovável (90% da matriz energética é limpa).
“Da mesma maneira que o proprietário do carro elétrico ainda enfrenta dificuldade para recarregar o veículo, não existe infraestrutura consolidada de abastecimento de hidrogênio”, afirma.
Processo gradual
Além disso, a produção de hidrogênio verde está engatinhando. Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério das Minas e Energia, o Brasil produz cerca de 500 mil toneladas por ano, menos de 5% de origem eletrolítica.
“Não se faz transição energética de uma hora para outra. Não é uma simples virada de chave”, explica o coordenador da AEA. O hidrogênio verde se mostra como mais uma rota tecnológica entre as diversas soluções que contribuem para a descarbonização.
“Algumas tendências revelam que a principal vocação dos carros elétricos será rodar nas cidades, o que inclui comerciais leves e caminhões em rotas curtas. No futuro, o hidrogênio será destinado aos veículos pesados, garantindo mais autonomia e poucos minutos de abastecimento”, acredita Reis.
Reis lembra que diversos projetos estão em andamento, em especial no Nordeste, que aproveita a fartura de vento e sol. “A Universidade de São Paulo (USP) também desenvolve a ideia de unidades produtoras de hidrogênio na rede de postos, uma maneira de superar dificuldades de infraestrutura e distribuição”, completa.