Fonte: Valor Econômico
A petroleira anglo-holandesa Royal Dutch Shell informou nesta quinta-feira (26) que obteve no primeiro trimestre de 2018 um lucro líquido de US$ 6 bilhões, um aumento de 66,7% em relação aos US$ 3,5 bilhões registrados no mesmo período de 2017.
A receita da companhia, na mesma base de comparação, cresceu 24,3%, indo de US$ 72 para US$ 89,2 bilhões. Considerando os ganhos das joint ventures e outros itens, a receita subiu 24,3%, para US$ 91 bilhões.
Segundo a petroleira, os resultados foram beneficiados pela valorização do petróleo e gás natural no período, junto com o crescimento da divisão de gás. Por outro lado, o mercado de refino e menores vendas da divisão de beneficiamento e comercialização.
A Royal Dutch Shell registrou uma queda de 5% na produção da divisão de exploração e produção, a 2,8 milhões barris de óleo equivalente por dia (boed), devido a desinvestimentos realizados no Reino Unido, no Canadá e no Gabão. Excluindo mudanças de portfólio, a produção cresceu 4%.
No segmento de beneficiamento e comercialização, a venda de produtos a base de petróleo subiu 4%, para 6,8 milhões de boed, enquanto a venda de produtos químicos caiu 1%, para 4,5 milhões de toneladas.
A produção de gás apresentou um crescimento de 31% nos primeiros três meses do ano, devido ao aumento no volume gerado na fábrica de gás liquefeito de Pearl GTL, no Qatar, e do projeto de gás natural de Gorgon, na Austrália.
O fluxo de caixa livre somou US$ 5,2 bilhões, estável em relação ao visto no primeiro trimestre de 2017. O item tem sido visto como uma métrica importante no setor de petróleo e gás, com os investidores preocupados com a capacidade dessas companhias pagarem dividendos após a queda do preço do petróleo a partir de 2014.
Desde 2016, a Shell vendeu US$ 26 bilhões em ativos. A meta é que os desinvestimentos totalizem US$ 30 bilhões. O objetivo é reduzir o tamanho da dívida após a aquisição do BG Group, em 2016, por US$ 50 bilhões. A dívida líquida da companhia, no primeiro trimestre, somou US$ 66,1 bilhões, baixa de 13% na comparação anual.