Fonte: novaCana.com
A preocupação com o meio ambiente tem chamado a atenção de vários setores produtivos no país. A produção de energia, fundamental para a sociedade, por exemplo, oferece a possibilidade de redução dos impactos ambientais por meio das fontes limpas e renováveis. E o Brasil se destaca por aumentar cada vez mais a utilização de energia gerada dessa forma.
De acordo com o Balanço Energético Nacional (BEN) de 2019, que se refere ao ano de 2018, a participação das fontes renováveis – como hidráulica, lenha, carvão vegetal e cana-de-açúcar – na matriz aumentou 4,65% em relação a 2017, e chegou a 45,3%. O número se destaca especialmente porque, a nível mundial, estas fontes correspondem a apenas 13,7%.
Este aumento se deveu especialmente a um incremento das gerações hidráulica e eólica, ao aumento da oferta de lixívia e biodiesel, e à redução da oferta de petróleo e derivados, e de gás natural.
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Já a cana-de-açúcar teve um incremento discreto, de apenas 0,7%, entre os dois anos, passando de 49,8 milhões a 50,1 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (Mtep). Ainda assim, ela se mantém como a fonte renovável mais representativa nacionalmente, correspondendo a 17,4% da oferta.
A participação é a mesma do ano anterior, sendo também maior do que a meta definida pelo governo brasileiro para a matriz energética até 2030. Além disso, o valor diz respeito à energia gerada com etanol e com o bagaço.
Mesmo que pequeno, o crescimento da oferta energética referente à cana-de-açúcar entre os dois últimos anos está diretamente relacionado com a produção de etanol vista na safra 2018/19: foram 33,14 bilhões de litros, um aumento de 21,7% ou de 5,9 bilhões de litros ante a safra anterior. O número é uma consequência do maior direcionamento do mix para o biocombustível, em detrimento do açúcar.
Por outro lado, a oferta interna de energia total atingiu 288,5 Mtep, o que representa uma queda de 1,7% em relação ao ano anterior, quando chegou a 293,5 Mtep. O destaque fica com as renováveis, cuja participação aumentou graças ao aumento da energia hidráulica.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) elabora e publica anualmente o BEN, mantendo tradição iniciada pelo Ministério de Minas e Energia. O resultado apresenta a contabilização relativa à oferta e ao consumo de energia no Brasil.