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Autopapo/UOL

O futuro do carro é elétrico, todo mundo sabe, mas o futuro nunca esteve tão próximo. Só este ano, diversos fabricantes automotivos estabeleceram metas de eletrificação ousadas e a médio prazo. A maioria das marcas anunciou que quer que toda – ou boa parte da linha – seja híbrida ou elétrica, em média, até 2030.

Mas já vá preparando a tomada de casa, porque mesmo para 2025 há promessas de eletrificação maciça, por parte não só de fabricantes de luxo, como também das chamadas montadoras generalistas. Veja as marcas que vão investir em eletrificação.
Renault

Esqueça Logan, Duster e cia a gasolina ou etanol daqui a duas gerações. A montadora mais recente a falar que não quer saber de motor tradicional foi a Renault. O CEO do grupo francês, Luca de Meo, foi enfático ao afirmar que a empresa não vai mais produzir novos propulsores puramente a combustão. Os que existem serão modernizados e atualizados para atender a normas de emissões até serem descontinuados – o que não deve demorar.

A estratégia tem até nome: “Nouvelle Vague”. A meta é ser a marca mais verde da Europa e ter 90% dos carros elétricos globalmente antes do fim da década. Inclusive, todos os sete lançamentos anunciados até 2025 nos segmentos de médios e médio-grandes para o continente europeu terão versões eletrificadas.

Desta forma, os motores a gasolina e a diesel da Renault serão substituídos pelos híbridos das famílias E-Tech Hybrid e E-Tech Plug-in. Estes já equipam versões do Clio, Captur, Mégane e do recém-lançado crossover médio Arkana.

Além do Zoe, um dos elétricos mais vendidos do mercado europeu, e do Master Z.E., a Renault também promete investimento forte em outros modelos 100% EVs. Recentemente, a montadora mostrou uma variante do novo Kangoo que não queima nenhum combustível.
General Motors

A gigante estadunidense remodelou até a marca para reforçar sua estratégia global de mobilidade elétrica, batizada de “Everybody In” – foi a primeira vez, desde 1964, que o logotipo da GM mudou mais do que apenas o sombreado das letras. Segundo o fabricante, serão investidos US$ 27 bilhões até 2025 para desenvolvimento de 30 novos carros elétricos.

Como parte da estratégia está a nova plataforma Ultium de baterias, que servirá a todos os próximos elétricos das quatro marcas do grupo: Chevrolet, Buick, GMC e Cadillac. Segundo a GM, os veículos poderão ter até 724 km de autonomia.

Vale lembrar que, recentemente, a montadora lançou a nova geração do Bolt, com direito a uma variante crossover, e ressuscitou o Hummer como uma picape zero emissões. Além disso, a norte-americana faz parcerias com outros fabricantes, como com a Honda para a produção de um crossover elétrico no México.
Nissan

A marca japonesa avisa que todos os seus lançamentos nos próximos nove anos terão versões elétricas. E, a partir de 2031, a Nissan quer ter só produtos eletrificados na Europa, além dos mercados dos Estados Unidos, Japão e China.

A estratégia da Nissan também passa por inovações em baterias (inclusive de estado sólido!), desenvolvimento de um ecossistema eletrificado, inovações nos processos de manufatura e maior eficiência em materiais e energia. O objetivo da montadora é atingir a neutralidade das emissões de carbono até 2050 em produtos e operações.

Na linha Nissan o destaque atual é o Leaf, o elétrico mais popular do mundo, com mais de 500 mil unidades vendidas até hoje. Além disso, a marca comercializa modelos híbridos com a tecnologia e-Power – sistema em que o motor a combustão abastece o elétrico que movimenta o carro, mas não traciona o veículo.

Tem também a van NV200 em sua variante movida a hidrogênio, cujas células de combustível são alimentadas por um motor a etanol. O modelo, inclusive, começou a ser desenvolvido no Brasil em 2015 e atualmente está no Japão em testes.
Volvo

A marca sueca controlada pela chinesa Geely não brinca quando o assunto é emissão zero, não. A empresa já deixou bem claro que até 2030 só terá carros elétricos – isso mesmo que você leu, somente 100% elétricos daqui a nove anos.

Por enquanto, é uma das empresas com maior ofensiva nesse sentido. O Brasil, inclusive, é o segundo mercado da Volvo no mundo que recentemente passou a ter apenas produtos eletrificados – híbridos, híbridos plug-ins ou puramente EVs (o outro é a Noruega). Mas a meta é só ter isso no portfólio em todos os países onde a Volvo atua até 2025.

Os dois novos elétricos da empresa já são realidade. O XC40 na versão Recharge Pure Eletric, inclusive, acaba de ser lançado por aqui e no ano que vem será a vez do SUV acupezado C40 – esse só tem opção elétrica.
Volkswagen

Accelerate é o nome do projeto de eletrificação da marca alemã revelado recentemente. E é acelerado mesmo. Até 2030 a Volks quer ter participação de mais de 70% no mercado de carros elétricos da Europa. Em 2016, essa mesma meta da empresa apontava 35% de market share.

A mudança de objetivos tem a ver com o próprio ritmo de lançamentos que a VW promete. Serão três novos elétricos só em 2021: o crossover com tração integral ID.4 GTX, o SUV acupezado ID.5 e o utilitário esportivo grandalhão ID.6 (este, inicialmente, apenas para a China). No ano que vem chega o aguardado ID.Buzz, considerado a nova geração da Kombi.

Para os amantes da gasolina, um alento: a Volks jurou que as próximas gerações de modelos como Golf, Tiguan, T-Roc e Passat manterão suas versões com motores a combustão. Porém, todos eles terão configurações híbridas plug-in.
Honda

O plano de eletrificação da Honda é gradativo e bem pontuado. A japonesa quer que 2/3 de seu portfólio global seja de modelos EVs ou híbridos até 2030. Mas a estimativa para 2040 é que a totalidade de suas vendas seja de carros puramente elétricos – apesar de manter modelos eletrificados até lá.

O fabricante asiático promete investir o equivalente a R$ 255 bilhões nos próximos seis anos em pesquisas e desenvolvimento em eletrificação. Pelas contas da Honda, em 2035 os elétricos vão representar 80% do mercado de automóveis nos mercados da Europa, América do Norte, Japão e China.

No Brasil, a estratégia começou só agora. A marca acaba de apresentar no nosso mercado o Accord renovado e em versão única e híbrida e:HEV. Além disso, promete mais dois híbridos para o país até 2023. O crossover CR-V e a próxima geração do Civic chegarão apenas em configurações que combinem motor a combustão com elétrico.
Audi

O CEO da marca alemã, Markus Duesmann, já deu o recado: a Audi não vai mais desenvolver novos propulsores a combustão. Some a esta afirmação do chefão das argolas a notícia, veiculada pela revista de negócios alemã “WirtschaftsWoche”, de que a montadora só vai vender modelos puramente elétricos a partir de 2035.

Além dos diversos veículos híbridos, a marca de luxo já tem uma linha de elétricos formada e batizada de e-tron, composta por um SUV, um utilitário-cupê (Sportback) e um cupê quatro portas esportivo (o e-tron GT). Todos, inclusive, já estão à venda (ou em pré-venda) no Brasil. Em 2022, a Audi também lançará o Q4 e-tron.
Jaguar Land Rover

Outra marca de luxo no ritmo da eletrificação, mas esta bem mais ousada. A Jaguar anunciou oficialmente que só terá modelos 100% elétricos já a partir de 2025. Uma meta ambiciosa, visto que o único modelo puramente na tomada do fabricante britânico atualmente é o utilitário esportivo I-Pace.

Para alcançar este objetivo, o grupo indiano Tata Motors, dono da Jaguar e da Land Rover, prometeu investimentos de R$ 18 bilhões por ano para eletrificação das duas linhas e também em serviços de conectividade dos veículos. Serão três arquiteturas modulares para os futuros veículos: duas para a Land e uma para a Jaguar.

Para a marca de utilitários esportivos e 4×4, a propósito, a eletrificação será completa em 2030. Ou seja, não existirão mais Land Rover a diesel! (teremos de lidar com isso). A marca terá seis versões elétricas para seus modelos já existentes nos próximos cinco anos, sendo que o primeiro Land totalmente EV será lançado em 2024.
Ford

Outra gigante automotiva que botou as asinhas de fora no que diz respeito à eletrificação foi a Ford. A montadora norte-americana quer que toda sua linha de veículos de passeio (automóveis e SUVs) seja zero combustão até 2030. Com uma ressalva: na Europa a meta é ter só elétricos até 2026.

Os comerciais leves (picapes, vans e furgões) não escaparão da tomada. A marca planeja que de seus veículos comerciais sejam elétricos ou híbridos até o fim da década. O plano faz parte do pacote de investimento de US$ 22 bilhões para os próximos quatro anos, inclusive na fábrica de Colônia (Alemanha), que começará a produzir modelos elétricos daqui a pouco, em 2023.

Vale lembrar que a marca lançou, em 2019, o Mustang Mach-E, seu primeiro modelo totalmente EV, que deve chegar ao Brasil ainda este ano.
BMW e Mini

A marca alemã promete 25 modelos totalmente eletrificados até 2023, fruto de um aporte de mais de 30 bilhões de euros em pesquisa e desenvolvimento em mobilidade elétrica até 2025. Daqui a quatro anos, inclusive, a empresa irá desenvolver uma nova geração de motores elétricos.

Entre os novos produtos zero emissões, o novo i4 e o (controverso) utilitário esportivo iX. Nos próximos anos, a BMW também vai apresentar versões eletrificadas de modelos como Série 5, Série 7 e X1 dentro da meta de ter uma opção elétrica para 90% do seu portfólio.

Porém, é outra integrante do grupo bávaro quem vai ficar totalmente na tomada primeiro. A Mini só terá elétricos a partir de 2030, segundo promessa do próprio presidente da BMW, Oliver Zipse. A marca britânica já tem até ano de despedida para seu último carro puramente a combustão: 2025.

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