Acelen mantém preço da gasolina na refinaria baiana

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Correio da Bahia

Essa foi a primeira vez que a empresa que administra a antiga RLAM foi confrontada com um movimento de preço da Petrobras, que diminuiu preço

Ainda não foi desta vez que os baianos sentiram no bolso uma redução no preço da gasolina comum anunciada pela Petrobras. A Acelen, empresa ligada ao fundo árabe Mubadala, que comprou da estatal brasileira a Refinaria de Mataripe (antiga Landulpho Alves, RLAM) manteve os mesmos preços cobrados até ontem. Com isso, o valor nas bombas dos postos de combustíveis de Salvador se manteve o mesmo, R$ 6,59 em média, segundo o aplicativo Preço da Hora. A unidade de refino fica localizada em São Francisco do Conde e fornece combustível para postos de toda a Bahia. O preço cobrado nos postos é resultado dos custos do combustível na refinaria, da operação e da margem do lucro das distribuidoras e dos postos, e de impostos.
Por não fazer parte da Petrobras, a Acelen é independente para definir seus próprios preços. Ontem, a estatal brasileira reduziu pela primeira vez desde junho o valor do litro de gasolina em suas refinarias, em cerca de R$ 0,10 (3%). Também foi a primeira vez que a petroleira fez uma movimentação de preços desde que unidade baiana passou a ser 100% operada pela Acelen, em 1º de dezembro.
Em Sergipe, segundo o g1, os postos repassaram integralmente aos consumidores os R$ 0,10 de redução efetivada pela Petrobras e o litro passou a custar entre R$ 6,50 e R$ 6,55 em Aracaju. Já no Rio Grande do Sul, a gasolina saiu a R$ 6,58 o litro em Caxias do Sul, R$ 0,20 a menos que na terça. De acordo com o site GZH, essa redução é fruto tanto da movimentação da Petrobras quanto de uma promoção do posto.
Ainda na noite da terça, e Acelen respondeu, em nota à imprensa: “A política comercial da Acelen é de ser competitiva, amparada em critérios técnicos e transparentes. Observamos as oscilações naturais do mercado, permitindo aos nossos clientes terem visibilidade e previsibilidade dos preços”.
Segundo o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Estado (Sindicombustíveis, que representa os postos), a Acelen ainda não possui modelo de precificação, mas deve seguir os preços praticados no mercado internacional de petróleo.
O secretário-executivo da entidade, Marcelo Travassos, admitiu que os consumidores baianos dependem da política de preços da Acelen, mas que essa situação pode mudar se as distribuidoras da Bahia passarem a importar combustíveis caso essa operação seja economicamente mais viável.
Relembre: o preço da gasolina teve alta de 74% em 2021
Até o momento, em 2021, a Petrobras realizou 15 reajustes no preço da gasolina, sendo 11 aumentos e quatro reduções. No total, o valor do combustível vendido nas refinarias teve crescimento de 74%. Já o diesel teve 12 reajustes, sendo nove aumentos e três reduções que totalizaram um crescimento no preço de 65%. O último reajuste aconteceu no dia 26 de outubro e levou a gasolina a custa R$ 3,19 e o diesel R$ 3,34.
Neste mês, em Salvador, os preços do produto chegaram aos R$ 7,09 para o tipo comum, sendo que na segunda-feira (25), o item custava, em média, R$5,99. O etanol comum, por sua vez, foi vendido por mais de R$ 6 e o diesel alcançava o mesmo patamar. Já a gasolina aditivada era encontrada por R$7,39 em alguns postos. De acordo com o aplicativo Preço da Hora, na tarde desta quarta (15), a gasolina comum com o menor preço estava saindo por R$ 6,42 em um posto no bairro Água de Meninos. A aditivada, por sua vez, estava saindo por R$ 6,53 em Águas Claras. Com o maior preço, o tipo comum era vendido por R$ 7,09 em Pirajá e a aditivada por R$ 7,89 em Patamares.
*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro

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