Brasil passa a integrar fóruns internacionais de energia e petróleo, mas permanece fora da Opep+

Brasil na Opep+: o que o país pode ganhar e perder ao se aliar ao cartel global do petróleo? 
19/02/2025
Apostas em energias renováveis em xeque
19/02/2025
Mostrar tudo

Folha de S. Paulo 

O CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) aprovou, nesta terça-feira (18), a entrada do Brasil em três fóruns internacionais sobre energia e petróleo. O país, no entanto, não passou a integrar o grupo ampliado de países exportadores de petróleo, a chamada “Opep+”, uma extensão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo.

Havia uma expectativa de que a adesão do Brasil se confirmasse, mas isso não ocorreu. Com a decisão do CNPE, o governo brasileiro passa a ter participação em três fóruns internacionais: ATÉ (Agência Internacional de Energia) e Irena (Agência Internacional para as Energias Renováveis), na condição de país-membro, e na Carta de Cooperação entre Países Produtores de Petróleo (CoC), como país participante.

A AIE é uma organização composta por países consumidores de energia, que busca segurança no fornecimento e promove políticas energéticas sustentáveis. Já a Irena é um fórum global voltado para transição energética.

A adesão à COC trata de petróleo, mas é um acordo de cooperação separado da Opep+, que não impõe obrigações formais de cortes de produção ou controle de oferta. Trata-se de fórum de diálogo entre produtores de petróleo, mas obrigações rígidas, enquanto a Opep+ exige compromissos formais, como participação em cotas de produção para regular o mercado.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que a adesão aos fóruns amplia a influência do país na transição do setor, fortalece o planejamento da segurança energética a médio e longo prazo e possibilita acesso a oportunidades estratégicas, como capacitação técnica e desenvolvimento de políticas públicas.

“O Brasil é uma potência energética, e sua diversidade deve servir de exemplo para pautar discussões no cenário mundial. Essa decisão permite que o Brasil desempenhe um papel ativo em um momento de grandes transformações no setor de energia, fortalecendo seu diálogo com organizações internacionais que lideram o debate global sobre temas fundamentais”, afirmou Silveira. AB

Postos reagem à Lula e dizem que impostos são vilões dos combustíveis

As declarações do presidente Lula de que os consumidores estariam sendo assaltados por intermediários na venda de combustíveis provocaram a reação de entidades do setor. Para elas, a culpa pela gasolina cara é dos impostos. Em evento da Petrobras na segunda (17), Lula disse que o consumidor “precisa saber quem xingar’.

Em nota, a Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes) afirmou que, no fim de janeiro, impostos representavam, em média, R$ 2, 05 por litro de gasolina, o dobro da fatia que fica com postos e distribuidoras.

‘O maior vilão dos altos preços dos combustíveis no Brasil é o peso dos impostos’, disse o Paranapetro, sindicato que reúne os revendedores do Paraná.

Entenda a Opep+

O que é?

A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) é uma coalizão de países produtores de petróleo que coordena as políticas de produção do produto. A Opep+ inclui produtores aliados

Quantos membros tem?

A Opep tem 13 membros. A Opep+ acrescenta outros 10

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *