Governo quer aumentar em 27% a participação dos biocombustíveis e elétricos no transporte até 2026

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Para 2033, a meta é expandir em 50%; objetivos são “aspiracionais” e seu descumprimento não resultará em sanções

VALOR ECONÔMICO

O governo federal quer aumentar, em relação ao patamar atual, a participação dos biocombustíveis elétricos na matriz energética de transporte em 27% até 2026 e em 50% até 2033. Além disso, pretende ampliar “o uso tecnológico e sustentável da biodiversidade pela indústria” em mais de 10% e em 30%, respectivamente. As metas fazem parte da Nova Indústria Brasil (NIB), política industrial lançada pelo governo federal no início deste ano e elaborada com a participação da sociedade civil. Foram divulgadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

Os objetivos são “aspiracionais” e seu descumprimento não leva a nenhum tipo de sanção. Eles fazem parte de uma das seis áreas, ou “missões”, da NIB, que é a área de bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas. Além das metas, o governo federal também estabeleceu seis cadeias como as principais da área. São elas: diesel verde e combustível sustentável da aviação (SAF); hidrogênio de baixa emissão de carbono; biometano; aço e cimento verde; aerogeradores; painéis solares.

O Mdic informou em comunicado que “a definição das cadeias levou em conta os objetivos específicos das missões, a existência de capacidades locais construídas, o potencial de geração de exportações de alta intensidade tecnológica, e o impacto para a cadeia produtiva, e para a geração de empregos qualificados.”

“O Brasil já é protagonista dos biocombustíveis e tem todas as condições de liderar a agenda global da descarbonização”, disse o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, no comunicado. “Temos políticas públicas robustas, instrumentos de financiamento e estamos atraindo investimentos privados, para trabalhar para esse objetivo.”

A NIB prevê desembolsos de R$ 507 bilhões, sendo uma parte já desembolsada, em crédito pelos bancos públicos entre 2023 e 2026.

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