Fonte: Portal UDOP
O petróleo opera em território negativo na manhã desta sexta-feira, mas sem movimento muito acentuado, ainda apoiado pelas dúvidas sobre a situação do Irã. No câmbio, o dólar mais forte pressiona os contratos.
Às 8h19 (de Brasília), o petróleo WTI para junho tinha baixa de 0,28%, a US$ 68,00 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para julho caía 0,16%, a US$ 73,76 o barril, na ICE.
Os preços têm sido impulsionados nesta semana pelas crescentes expectativas de que o presidente americano, Donald Trump, retire os EUA do acordo internacional de 2015 que impôs controles sobre o programa nuclear do Irã, em troca da retirada de sanções contra o país. Isso levaria à volta de sanções econômicas contra a nação persa, um dos principais integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), prejudicando sua produção e reduzindo a oferta global.
Nesta semana, um contrato do Brent chegou a romper a barreira simbólica de US$ 75 o barril pela primeira vez desde o fim de 2014. "O mercado ainda é dominado pela questão de se o presidente Trump revogará o acordo nuclear com o Irã em meados de maio e imporá novas sanções", segundo analistas do Commerzbank. Com isso, o preço não deve cair muito, até que a questão seja resolvida, preveem.
A chanceler alemã, Angela Merkel, visita Washington nesta sexta-feira e se reunirá com Trump. Ela deve pedir que ele siga no acordo internacional com o Irã. O presidente francês, Emmanuel Macron, levou mensagem similar à Casa Branca nesta semana, aparentemente com pouco sucesso.
Analistas da PVM Oil Associates também destacam a questão do Irã. Além disso, comentam que altas recentes abrem espaço para realização de lucros.
No câmbio, o dólar mais forte em geral pressiona as commodities, já que isso as torna mais caras para os detentores de outras moedas, prejudicando o apetite dos investidores.
O mercado aguarda ainda o relatório semanal da Baker Hughes sobre poços e plataformas em atividade nos EUA, que sai nesta tarde.
Fonte: Dow Jones Newswires
Texto extraído da revista Isto É Dinheiro