Fonte: O Estado de São Paulo
A produção de veículos no Brasil no primeiro trimestre foi a maior para o período desde 2014, com um total de 699,6 mil unidades. O volume está próximo da média dos últimos dez anos, de 718 mil unidades, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
O número foi puxado pela alta das vendas no mercado interno, de 15,6% nos três primeiros meses do ano, e de 3,3% nas exportações – que bateram recorde para o período, com 180,2 mil veículos enviados para outros países. Somente em março foram produzidos 267,5 mil veículos, dos quais 25% foram exportados.
O valor exportado também é o melhor da história para um primeiro trimestre ao atingir US$ 4 bilhões, 22,3% a mais que em igual intervalo de 2017.
Com a recuperação na produção, o nível de emprego também melhorou. Neste ano foram abertas 2,9 mil vagas nas montadoras, que hoje empregam 131,2 mil trabalhadores. Em 2013, antes do aprofundamento da crise econômica, o setor contava com 156,9 mil funcionários.
“O crescimento do mercado interno e das exportações está trazendo um melhor uso da nossa capacidade instalada, o que é bom, pois gera empregos e renda e é isso que o Brasil precisa”, diz o presidente da Anfavea, Antonio Megale.
Segundo ele, o setor ainda opera com 37% de ociosidade nas fábricas de automóveis e comerciais leves e de 70% nas de caminhões e ônibus, outro segmento que apresenta forte recuperação com alta de 50% nas vendas.
Nas últimas semanas algumas montadoras anunciaram reabertura de turnos e outras estudam a medida. Houve inclusive algumas contratações (800 delas em março), mas ainda há 1.535 funcionários com jornada e salários reduzidos ou com contratos suspensos (lay-off).