Fonte: Portal G1 (Auto Esporte)
O escândalo “Dieselgate” levou a Volkswagen a recomprar cerca de 350 mil veículos a diesel nos Estados Unidos gastando uma quantia de US$ 7,4 bilhões até meados de fevereiro, segundo dados do processo judicial. A montadora alemã armazena centenas de milhares de veículos há meses.
Desse total, 300 mil ainda estão guardados em 37 instalações espalhadas pelo país. Os locais incluem um estádio em Detroit, uma antiga fábrica de papel em Minnesota e páteo no deserto de Victorville, na Califórnia.
A porta-voz da Volkswagen, Jeannine Ginivan, disse em comunicado na quarta-feira que a instalação na Califórnia é uma das muitas “a garantir o armazenamento responsável dos veículos que são comprados de volta nos termos da Volkswagen”.
“Esses veículos estão sendo armazenados em uma base provisória e rotineiramente mantidos de forma a garantir sua operabilidade e qualidade a longo prazo, para que possam ser devolvidos ao comércio ou exportados quando os reguladores dos EUA aprovarem as modificações de emissões apropriadas”, disse ela.
Acordo de US$ 25 bilhões
Condenada por manipular as emissões de gases poluentes de seus veículos por meio de software, a empresa chegou a acordo com as autoridades para pagar US$ 25 bilhões em multas e compensações pelos danos causados.
O acordo prevê a recompra total de 500 mil veículos na América do Norte, em processo que deve continuar até o final de 2019.
A ação judicial informa que até 31 de dezembro a Volkswagen havia readquirido 335.000 veículos a diesel, revendido 13.000 e destruído cerca de 28.000 veículos. No final do ano passado, a Volkswagen estava armazenando 294.000 veículos em todo o país.
A empresa disse em fevereiro que consertou ou reparou quase 83% dos veículos envolvidos no caso e espera em breve atingir a exigência.
Até meados de fevereiro, a VW emitiu 437.273 cartas, oferecendo quase US$ 8 bilhões em indenizações e recompras.
A montadora admitiu, em setembro de 2015, contornar o sistema de controle de emissões nos veículos a diesel dos EUA para veículos vendidos desde 2009, o que motivou a renúncia do diretor-executivo da empresa.